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Lao-Tsé e a Verdade

Lao-Tsé – A Verdade

“As palavras verdadeiras não são agradáveis e as agradáveis não são verdadeiras” Para Lao-Tsé falar a respeito da verdade ele mostra as palavras que nos agradam e as que não agradam, no sentido de buscar identificar o que é a ilusão e o que é a realidade. Desde então séculos se passaram, porém até os dias atuais ainda há uma dificuldade em se desprender da ilusão e aceitar a realidade. O filme The Matrix traz uma cena onde o personagem Cypher, após ter traído seus companheiros, janta em um restaurante de alta classe e diz: “Sabe… Eu sei que esse bife não existe. Sei que quando eu o coloco na boca, a Matrix diz ao meu cérebro que ele é suculento e delicioso. Após nove anos, sabe o que eu percebi? A ignorância é maravilhosa.” Cypher mostra seu desconforto ao ter ciência da condição em que vive, quando afirma que o bife não existe, mas mesmo assim o come. Assim, eu entendo que Lao-Tsé já via igual situação acontecer em sua época e quis auxiliar registrando que é preciso seguir um caminho, que para evoluir como pessoa é preciso passar do estágio das palavras agradáveis para as verdadeiras, que fazem a pessoa descobrir a realidade da vida através do autoconhecimento, percebendo assim suas próprias falhas para então fazer o trabalho de corrigi-las. “A verdade não está lá fora, a verdade está dentro de você.”   Semelhante pensamento se vê neste ensino de Buda, que traz a consciência e o discernimento de que a verdade é o que temos em nós, mostrando sentido no pensamento atual que diz que “a verdade dói”. Ora, por que dói? Porque quantas são as nossas imperfeições e qual o trabalho feito, qual o esforço está sendo feito para se livrar delas? Aceitar a própria condição é um início de correção e não uma conveniência, como quem diz: “sou assim mesmo e não vou mudar…” ou ainda em relação a algum tipo de vício: “… não vou deixar disso, porque eu gosto.” “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.”   Assim ficaram registradas as palavras de Jesus, em João 14,6. Estudando essas palavras em conjunto com as palavras de Lao-Tsé e de Buda, palavras de crescimento pessoal e espiritual, percebe-se que a salvação é possível, que através de ciência e conhecimento há como se livrar das coisas que não nos pertencem, mas que por alguma razão ainda carregamos, evidenciados como vícios de qualquer natureza, materiais ou comportamentais e é um trabalho que deve ser feito de maneira incansável, sem pressa, porém sem paradas. Os exemplos estão aí. Abraços, Rodrigo Sibut Vieira

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