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Dojo Kun - Lemas do Karate

Dojo Kun – Conter o espírito de agressão

“Primeiro! Conter o espírito de agressão!” Impulsão, surto, ímpeto, compulsão, rompante, impaciência, instinto são algumas das formas em que é possível identificar alguns tipos da agressividade citada no lema, a razão pela qual o indivíduo deixa de se concentrar, portanto se perde no seu caminhar, sendo sujeito chegar a se tornar agressivo de alguma maneira, seja com si próprio e/ou com o próximo. A busca é evitar os gatilhos e caminhos que levam o indivíduo para essa condição, e que por vezes resulta nesse sentimento de agressão. Como fazer? Uma das alternativas é através de se ter um propósito, por exemplo, melhorar o processo de autoconhecimento. Para isso é preciso estar com a condição de percepção desperta, buscando prestar atenção na execução de todas as das tarefas, desde acordar até o dormir. Exercitando essa maneira, com o passar do tempo a concentração melhora, o tempo no trabalho rende. Porém… E quando o indivíduo é acometido por uma situação não planejada? Como não se deixar envolver potencializando a perda de concentração e nesse sentido, se deixando desviar do propósito. condição de agressão? O trabalho para contenção de algumas emoções deve ser treinado. Pensar e agir no sentido das boas práticas, por exemplo: em empresas de médio e grande porte e em algumas escolas, acontece um procedimento que é a simulação de incêndio, processo executado pelo menos uma vez por mês com a finalidade de, dentre outras coisas, condicionar as pessoas para uma situação de real perigo. Elas devem fazer nesses treinamentos o mesmo que fariam em situação real. Nesse processo existem pessoas treinadas, conhecidos por brigadistas, que orientam e conduzem as pessoas durante o processo. Outra boa prática é o planejamento de atividades. Para que uma reunião aconteça de maneira dedicada e rápida, ela deve ter uma pauta. Seguindo a pauta, as reuniões passam a ser produtivas. Esse é o sentido para com diversas outras situações. E no karate? O karate observa o corpo, a mente e o espírito e entende que se houver cuidado com o espírito, o corpo e a mente, também irão desempenhar de maneira mais equilibrada suas funções. O espírito de agressão é aquele que faz com que a mente trabalhe no sentido prejudicial comandando o corpo para que tome atitudes inconsequentes. Durante os treinos é possível conhecer diversos espíritos que atuam no conjunto corpo e mente, portanto é preciso exercitar o autoconhecimento para perceber-se nesse estado. Colocar-se como aprendiz é a postura que o praticante adota para conhecer e reconhecer e saber lidar com cada um deles. Sendo o kihon a base, é nesse momento que o aprendiz percebe em sua prática onde é que precisa melhorar para que, na sequência, percebe no kata se está sendo efetivo. Se ainda não estiver, buscar essa efetividade sem se deixar afetar pela condição atual e momentânea proporcionada pela imperfeição, o nervoso, a impaciência, também conhecidos por espírito de agressão. O que diz a sabedoria oriental?   “Você tem paciência para esperar até que a sua lama assente e a água esteja limpa? Você pode permanecer imóvel até que a ação correta surja por si mesma?” – Lao Tzu O autor da obra Tao Te Ching nos convida a exercitar o autoconhecimento, quando em um de seus pensamentos faz uma analogia à água (do rio) que por um momento fica turva, situação causada pela mistura com lama, sugerindo um momento turbulento na vida. Quando surge a primeira pergunta: “Você tem paciência para esperar até que sua lama assente e a água esteja limpa?”, seria nesse sentido perguntar se o indivíduo consegue conter seu espírito de agressão. Caso consiga, ele complementa com a segunda pergunta: “Você poder permanecer imóvel até que a ação correta surja por si mesma?”. Como que uma ação correta surge por si mesma? Quando há serenidade, foco, concentração, propósito. Não é um estado fácil de se chegar, tampouco de se manter. É uma condição de prática durante uma vida, afinal  de contas, quando é que paramos de aprender e de autoconhecer? Abraço Rodrigo

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Respeito acima de tudo

Dojo Kun – Respeito acima de tudo

Respeito acima de tudo Dojo Kun Caminhar em sociedade, de maneira pacífica e tranquila, sem se preocupar com nada e ninguém, quando o sentido é de encontro ao bem é um reflexo que o indivíduo tem, quando trata tudo e a todos com respeito. Ter atitude de respeito é buscar pela integridade em si mesmo, logo é transpirar confiança para todas as partes envolvidas, de modo a ser uma referência, um exemplo em personalidade. O respeito é presente no Dojo Kun para que lembre a todos que caminham no karate, independente de grau, da sua importância em ser um dos pilares, portanto não é possível existir na prática o karate-do sem respeito. Respeitar é buscar compreender a ordem que a arte marcial traz através do sensei, é demonstrar atenção, educação, disponibilidade e disposição como aprendiz. É a pessoa reconhecer e ter consideração pelos ensinos que recebe para poder na sequência, transmiti-los com lisura e transparência no momento apropriado. Assim é o respeito no dojo, em casa e onde a pessoa estiver. Disciplina – Constância – Respeito. OSS Rodrigo Sibut Vieira

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Criar intuito de esforço

Dojo Kun – Criar intuito de esforço

Criar intuito de esforço Dojo Kun A física clássica nos mostra que para sair da inércia, um corpo precisa que uma força maior que a sua própria massa se faça presente, resultando assim em movimento. E quando a inércia é comportamental? Existem diversos indicadores e há quem diga que exista um lugar de nome zona de conforto, lugar esse ocupado por adeptos momentâneos da procrastinação. Para sair desse local, ou desse estado momentâneo é preciso um esforço, numa simbologia dar um passo. É preciso então criar um intuito de esforço, exercer a busca, gerar o movimento. Uma espécie de “motor” que leva a pessoa aonde ela quiser. Não é uma tarefa fácil, principalmente quando o esforço precisa vir da própria pessoa. É um movimento que exige determinação no querer da pessoa e quando ela se percebe nesse movimento, o propósito se revela, facilitando com que o objetivo que ela busca, seja atingido com a intenção desejada. Na infância, os pais são os principais responsáveis por criar esse intuito de esforço. É pela obediência que o movimento acontece, em especial quando se percebe uma desmotivação na criança. Nessa hora que a palavra entre pais e filhos ganha corpo e confiança mútua. “Se há esforço, sempre há realização” Jigoro Kano – Fundador do Judo No tatame a repetição é uma das características de se criar intuito de esforço, por conta das incontáveis correções que o sensei aplica em seus alunos. Ser corrigido é da vida do aluno e é entendendo que, quando ele se coloca como aprendiz, os resultados aparecem. São horas, dias, meses, anos no kihon, no kata, no kumite, em todos os momentos buscando a colocação de um movimento em seu melhor lugar e à medida que o tempo passa, acontecem os exames de faixa, os campeonatos, seminários e conforme a condição de cada um. OSS Rodrigo Sibut Vieira

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MOKUSO - A Arte em Silenciar

MOKUSO – A Arte em Silenciar

MOKUSO A Arte em Silenciar Mokuso literalmente significa “silêncio/quieto” (moku) + “pensamento/mente” (so), quer dizer um tipo de meditação no sentido de buscar tranquilizar a mente, limpar a mente de pensamentos excessivos, em busca da concentração. A prática dita que antes de começar o treino na arte marcial, o aluno deve limpar a mente de diversas influências que não sejam compatíveis com o momento afim de “liberar” espaço para absorver os conhecimentos. Após os treinamentos o aluno deve fazer uma revisão no que aprendeu, deixando fluir os pensamentos, fixando em sua memória o que estudou. Como é a prática no dojo? Todos se acomodam em seiza e seguindo o comando – “Mokuso!” – feito em voz alta pelo sensei ou pelo senpai, fecham os olhos dando inicio ao esvaziamento dos pensamentos. Durante esse tempo, cuja duração média é de um minuto, busca-se fazer a respiração usando a área abdominal, região conhecida na arte marcial por hara. O momento encerra geralmente por comando vocal também – “Mokuso Yame!” E quando não estou no dojo, posso praticar mokuso? Não só pode, como deve. Meditar com um propósito é excelente para a organização diária. Por exemplo: aos estudantes que vão passar por um teste, se em momentos anteriores ao teste praticarem o mokuso, irão se sentir mais relaxados e confiantes, afastando sensações como a ansiedade e a confusão de ideias, concentrando para o momento pelo qual irão passar. A prática se estende: em casa ao levantar pela manhã, antes dos afazeres ou antes de se deitar em revisão, identificando o que aconteceu de ruim e de bom. Já no trabalho pode ser feito antes de reuniões importantes, ou ao aprender um idioma, ou ainda antes de uma entrevista de emprego, e também ao ser o protagonista de uma palestra ou seminário. Enfim há uma infinidade de momentos para a aplicação do mokuso. Traga nos comentários quando você tem o seu momento! O Arbusto Amigo O fazendeiro contratou um carpinteiro para arrumar algumas coisas em sua fazenda, e o primeiro dia do carpinteiro foi bem difícil: O pneu do seu carro furou, a serra elétrica quebrou, ele machucou a mão, e na hora de ir embora o seu carro não funcionou. Então o fazendeiro então ofereceu-lhe uma carona até sua casa, e durante todo o caminho, o carpinteiro se manteve calado, sequer pronunciou uma palavra. Quando chegaram à sua casa, o carpinteiro parou junto a um pequeno arbusto que ficava ao lado da porta de entrada. Em momento de silêncio continuo e de olhos fechados, ele gentilmente tocou as pontas dos galhos com as duas mãos. Na sequência, abriu os olhos e para surpresa do fazendeiro, o carpinteiro convidou o fazendeiro para entrar e conhecer sua família. Assim que abriu a porta, os traços tensos em seu rosto transformaram-se em um grande sorriso, beijando e abraçando seus filhos, que vieram correndo ao seu encontro. Em seguida abraços e beijou carinhosamente sua esposa. Um pouco mais tarde, depois do jantar, o carpinteiro acompanhou o fazendeiro até o carro, e assim que eles passaram pelo arbusto, ele perguntou: – Porque você, além de permanecer em silêncio, tocou na planta antes de entrar em casa? – Ah! Esta é o meu Arbusto Amigo. Eu sei que não tenho como evitar alguns problemas durante o meu dia, mas não posso deixar que eles me atrapalhem o tempo que tenho com minha família, que são as coisas mais preciosas que tenho nesta terra. Então, todas as noites, quando chego, eu limpo meus pensamentos, deixando os meus problemas com este arbusto e os pego no dia seguinte, antes de sair. E por incrível que pareça, todas as manhãs, quando eu volto pra buscar os meus problemas, eles parecem não ter nem metade do tamanho que tinham quando os deixei na noite anterior! Abraços Rodrigo Sibut Vieira

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Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão

Dojo Kun – Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão

Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão Dojo Kun Em sua definição, fidelidade é o termo com origem no latim fidelis, que significa uma atitude de quem é fiel, de quem tem compromisso com aquilo que assume, evidenciando assim a responsabilidade. Razão e emoção são popularmente substituídos por cérebro e coração, respectivamente. O verdadeiro caminho da razão é onde se busca o equilíbrio. Equilibrar corpo, mente e espírito, uma tarefa nada fácil de executar, mas com grande potencial para ser cumprida. Na infância o indivíduo age em grande parte pela emoção, sendo ainda dominado pelo instinto, visto sua fragilidade e a busca pela segurança em seus pais. Com o passar do tempo e conforme a educação que recebe, ele passa a conhecer alguma coisa relacionada ao que é certo e ao que é errado, filtrando assim para si o que considera de melhor para a vida, exercitando a escolha. Indo para o âmbito do karate, a fidelidade é também uma expressão usada para denominar aquilo que tem confiança e constância. Ao buscar o equilíbrio como indivíduo, nessa constância observa-se a perseverança nos treinos e a confiança no sensei. O treinamento não é composto apenas por kihon (os movimentos básicos), kata (uma simulação/forma de luta) e kumite (a luta propriamente dita).  As palavras do sensei são ensinos também, pois orientam a respeito da ordem, do caminho reto, da gentileza ou cortesia. São palavras que traz pensamentos que trabalham nossa memória, bem como o nosso “eu” atual, esse que estamos querendo mudar, transformar. Confiar no que é ensinado é perceber, ver que o sensei além de falar, ele pratica e à medida que o tempo passa, esse grau de confiança no sensei chega no nível do entendimento da fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão. OSS Rodrigo Sibut Vieira

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Esforçar-se para a formação do caráter

Dojo Kun – Esforçar-se para a formação do caráter

Esforçar-se para a Formação do Caráter Este é o lema que se apresenta por primeiro no DOJO KUN, trazendo o entendimento que o processo de evolução, o caminhar inicia pelo caráter, um conjunto de qualidades (boas ou más) que distinguem (uma pessoa, um povo). É ligado com a moral. O que é o esforço? É o primeiro passo e a sua continuidade, a vontade, o querer, a gota de suor derramado, a sensação de cumprimento de um dever. Na minha interpretação, eu que sou aluno, sempre que ouço essa frase – “Esforçar-se para a formação do caráter” – imagino e examino como é esse processo de formação. Ainda na faixa branca é que foi quando comecei a perceber e compreender que o caráter tem formação constante na vida da pessoa, isso porque é um processo de busca pela perfeição. À medida que eu avançava na graduação e continuava a examinar, ficava mais claro que esse processo é um refinamento, um polimento que o diamante bruto, o aluno passa no desenvolvimento dos treinos, nos campeonatos e exames de faixa ao qual é submetido. E como fica o entendimento com os resultados? Bom, vejo que se ele conseguir transpor a barreira, deve continuar com a mesma firmeza, seriedade e confiança o seu treinamento, mas caso contrário é preciso corrigir o que precisa e continuar firme a caminhada. Quer dizer, não há perda, mas sempre há um aprendizado. Somos aprendizes! Assim vemos que esforçar-se para a formação do caráter inicia com o indivíduo e que cresce para a sociedade. Sensei Há também um papel de fundamental importância que é o do Sensei, pois além de ele estar no processo de formação de seu próprio caráter, é ele também o exemplo de como fazer isso. É ele o espelho de seus alunos, dos pais dos alunos e de todos aqueles que possuem alguma interação com ele, dentro ou fora do dojo. É o Sensei a porta por onde o aluno começa a caminhar na arte marcial, no karate. OSS Rodrigo Sibut Vieira

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Objetivo, Shotokan

Dojo Kun – Karatê Shotokan JKA

Os lemas do Karate são conhecidos como DOJO KUN. São preceitos filosóficos no karatê, cuja base é o Bushido e que são repetidos em cada aula com a ideia de promover uma reflexão, um exame a respeito do comportamento, dos pensamentos e da prática diária da arte marcial, que é antes de tudo um instrumento de aperfeiçoamento pessoal, um modelo (de perseverança e temperança) que se deve levar para a vida cotidiana. São eles: Primeiro: Esforçar-se para a formação do caráter Primeiro: Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão Primeiro: Criar intuito de esforço Primeiro: Respeito acima de tudo Primeiro: Conter o espírito de agressão Podemos observar que são cinco lemas, mas todos iniciam com “Primeiro”, ou seja, um conjunto único. Este conjunto demonstra um constante alerta que é preciso ter com os pensamentos, com o que se fala e também com o comportamento empregado diante das situações enfrentadas diariamente, dentro ou fora do dojo. Há de se convir que não é uma tarefa fácil por conta da parcela humana empregada em cada uma das pessoas. Portanto, é válida a análise item a item, citando René Descartes: “Regra da análise: devemos dividir nossos problemas no maior número possível de partes, para poder melhor resolvê-los”. Portanto o Dojo Kun é um conjunto de valores que devemos sempre estudar e colocá-lo em prática, buscando o contínuo crescimento, a superação dos desafios que se apresentam, logo, a perfeição. Confira em breve o próximo post relacionado ao tema. OSS Rodrigo Sibut Vieira

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vitórias

A Escada do Guerreiro – Vitórias

“O segredo da vitória está em conhecer a si mesmo e a seu inimigo.” Sun Tzu (General e filósofo) O objetivo conquistado, um degrau atingido, o sucesso na entrega de um trabalho são frutos de uma caminhada com Foco, Disciplina e Constância. Muitos dos praticantes de karate quando entraram a primeira vez num dojo e pisaram a primeira vez no tatame não pensaram que teriam uma experiência tão marcante. Uma aula de karate envolve muito mais que aprender movimentações, defesas, quedas e nessas aulas aprendemos a nos conhecer em termos que jamais pensamos, como por exemplo, as nossas vontades, manias, jeitos e trejeitos. E o que mais? “A única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria ignorância” Jigoro Kano (Fundador do Judô) A vitória é uma conquista e poder participar de um campeonato de kata ou luta, ou ainda poder participar de um exame de faixa é uma vitória, pois premia o treino e a dedicação. Conquistar uma medalha ou ainda o novo grau de faixa é mais uma vitória, um novo prêmio. Assim o karateca segue caminhando, conhecendo e reconhecendo seus antigos e novos limites. Reconhecer nas vitórias o caminho trilhado é o que todo karateca deve ter por hábito visto que a luta é uma constante em sua vida, pois está continuamente buscando polir seu próprio caráter, logo, cada momento vitorioso deve ser merecidamente aproveitado. É neste polimento que o karateca aprende a fazer tudo em sua vida com amor. O resultado não pode ser outro, senão mais amor. E o amor é um símbolo de perfeição. “Com o Karate-do, oferecendo sua ajuda aos outros e aceitando-a deles, o homem adquire a habilidade de elevar a arte ao estado de crença, em que possa aperfeiçoar corpo e alma e assim finalmente chega a reconhecer o significado verdadeiro do Karate-do.” Gichin Funakoshi Ao entrar na academia, tem-se uma vitória. Entrar no tatame, nova vitória! A cada movimento em direção do objetivo maior, que é a perfeição, o karateca busca equilibrar corpo, mente e espírito. Uma vez equilibrado procura se manter nesse estado. Eis que a disciplina e a constância se fazem presentes. A primeira mostra que o karateca deve fazer o que precisa ser feito, mesmo que não queira fazer e a segunda dita o comportamento, a sequência, a continuidade desse trabalho. Onde há Foco, Disciplina e Constância com certeza há vitórias. Na sequência, deixo o link de todos os textos, dos degraus que compõe a Escada do Guerreiro. A Saga – Disciplina – Respeito – Ordem – Autocontrole – Resiliência – Persistência – Treino – Aperfeiçoamento – Equilíbrio – Força Perseverança – Qualidade de Vida – Filosofia de Vida – Dedicação – Objetivo – Educação – Foco – Superação – Resultados Assim, terminamos de escalar a Escada do Guerreiro, vinte (20) degraus que trazem em cada um o seu valor, a sua força, o seu ensinamento. Agradeço em especial ao meu sensei Lauro Fernandes pela autorização em poder escrever a respeito da escada presente em sua academia e a todos pela companhia e espero que tenham gostado dessa série! Aproveito o momento para pedir sugestões de temas para continuarmos o caminho. Fiquem à vontade para comentar! OSS Rodrigo Sibut Vieira

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Resultado

A Escada do Guerreiro – Resultados

RESULTADOS Aquilo que se faz com o intuito de resolver alguma coisa, o efeito de uma ação, a finalização de um problema pode ser considerado um resultado. Isaac Newton explorou bem esse conceito em sua terceira lei: “A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade: as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas em sentidos opostos.” O karateca começa a enxergar o seu próprio resultado quando percebe que ele pode fazer e acreditar que pode ir além de seus limites, dentro do dojo, no kihon com a movimentação, os ataques, as defesas, os chutes, no kata com a sequência que caracteriza a luta simulada com um adversário imaginário e no kumite, onde consegue externar seu próprio guerreiro na luta, aplicando os golpes e vendo sua efetividade. Então para toda ação, ou seja, para todo o treino que o karateca participa, aprende e aprimora as movimentações, golpes e defesas, há uma reação, um resultado. “O objetivo final de Karate não está em vitória ou derrota, mas na perfeição do caráter de seus participantes.” Gichin Funakoshi E os resultados vão se apresentando a curto, médio e longo prazo. Vejamos a curto prazo, na progressão das movimentações, do senso corporal numa busca constante de autoconhecimento premiados com o exame de faixa, com a próxima graduação. A médio prazo, é o faixa preta. Aquele faixa branca que não desistiu, que mesmo com todas as dificuldades soube ressignificar a dor e o sofrimento em aprendizado e assim continua, além de aprender, também a ensinar. A longo prazo é o mestre. O nosso exemplo, nosso espelho que além de não desistir de si, não desiste dos seus alunos, está sempre a postos a auxiliar seus alunos a conquistar seus objetivos, a cada um com sua especial prontidão. E assim chegam os campeonatos de kata, de luta. São preparações, treinos, simulações com a finalidade de aprimoramento. Somos karatecas! Devemos nos preparar para as batalhas da vida, dar um norte para a concentração e assim buscar pelos resultados, seja nas batalhas, nos enfrentamentos da vida. “O que você foi ensinado ouvindo as palavras dos outros que vai esquecer muito rapidamente; O que você aprendeu com todo o seu corpo você vai lembrar pelo resto da sua vida.” Gichin Funakoshi Por uma apresentação realizada no início do século XX, Gichin Funakoshi teve a propagação do karatê a nível mundial, um legado como resultado. OSS Rodrigo

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Superação

A Escada do Guerreiro – Superação

Alguns dos dias de maior aprendizado em nossas vidas são compostos por superação. Aprender alguns dos segredos e mistérios da vida praticamente nos obriga a passar por experiências que afetem os nossos sentimentos. Sejam eles traumáticos, para o bem ou não, são momentos que ficam marcados em nossa memória. Na caminhada do karateca algumas dessas marcas são feitas por ele mesmo. Isso porque é ele que está buscando alcançar sua perfeição, através do autoconhecimento para cada vez mais identificar as próprias imperfeições e uma maneira de eliminá-las, ou seja, praticar a superação. “No início seus movimentos são artificiais, mas com a evolução tornam-se naturais.” Gichin Funakoshi É neste desenvolvimento pessoal que a cada dia que passa, o karate se torna parte integrante da vida. As dificuldades passam a ser encaradas de uma outra maneira. No início a imperfeição é facilmente identificada porque está no desenvolvimento do movimento, a retidão do soco, a força e direção de um chute, ou seja, a busca inicia no aspecto material. Com o passar do tempo a busca do karateca leva-o a identificar as próprias imperfeições num outro sentido, no aspecto comportamental. Citando exemplos: quando em dado momento no trânsito você leva uma fechada, ou quando em um treino de luta o seu colega lhe acerta um soco ou chute sem ter tal intenção, qual a sua reação? “Não é o erro; é a correção do erro que ensina.” Mario Sergio Cortella É nessa hora que o karateca deve se perguntar: “O que é que tenho para aprender com isso?” Normalmente a resposta não vem de imediato, mas o importante é perceber que a pergunta deve acontecer porque é dela que inicia a busca para a resposta. É a pergunta que movimenta o mundo. Superar é ultrapassar uma situação desagradável e para isso acontecer, temos que conhecer nossos limites, ir além do considerado “normal”, usar a disciplina como combustível, já que ela nos dá a condição de fazer o que precisa ser feito mesmo quando não temos vontade em agir, levantar todos os dias com determinação, focado no principal objetivo: se livrar das imperfeições, mas sem pressa. “É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.” O Pequeno Príncipe – Antoine de Saint-Exupéry Encarar e conhecer as diferenças para poder corrigi-las, leva tempo. Nesse momento não importa a velocidade, mas sim a direção. Lutar sempre, vencer às vezes, desistir nunca! OSS Rodrigo

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